Sou uma Frido!
Apaixonada pela história. Pela obra. Pelas cores...
E foi assim que ouvi a primeira
vez Frida Kahlo, quando Los Hermanos cantou no Lual MTV a música Esquadros de
Adriana Calcanhoto.
“... Cores de Frida Kahlo”. Adorava
aquela música, escrevi a letra no meu caderno e procurei saber quem era essa
tal de Frida.
Na minha primeira impressão: Estranheza,
ousadia, cor e força.
Um tempo depois na faculdade de
Moda uma professora levou uma imagem do quadro “A coluna partida”, pediu para
fazermos anotações, discutimos e assistimos ao filme com Salma Hayek. Saí da
aula tão extasiada que comprei o filme, uma pequena biografia, e baixei na
internet textos contando a sua história.
Por quê?
Talvez a dedicatória do João no diário
dela que ele me presenteou em 2012 responda. “Você como Frida veio ao mundo para deixá-lo mais bonito, colorido,
instigante” (palavras de João)
Frida está na moda. É “cult”.
Pena que nem todos que reproduzem
imagens dela, estampam seu rosto em camisas e compram objetos com fotos, sabem
quem foi essa mulher por traz do mito.
Uma artista incomum, inquieta,
instigante, intensa e intrigante...
Uma mulher apaixonada, sofrida,
colorida, ousada e forte...
Frederico Morais na introdução do
Diário de Frida Kahlo escreveu “Frida
Kahlo são muitas. Sem deixar de ser uma. Ou única.”
Toda vez que abro o seu diário eu
tento viajar nas letras e nos desenhos pra tentar entender uma mente tão
inquieta, só que o “intrigante”, é não entender... É voar. Como ela deixou registrado
em 1953 “Pies para qué los quiero. Si
tengo alas pa’volar”.
Eu voo nas suas cores e no forte
semblante do seu rosto, quase nunca sorrindo, sempre um sorriso tímido que não
descola os lábios. Voo pelos seus pensamentos de revolucionária e na paixão
doentia pelo seu Dieguito.
Quando estou produzindo uma peça com
sua imagem eu voo ao imaginar que a força da artista passou pelas minhas mãos
de artesã e vai ser transmitida para alguém que escolheu ser tocado por ela.
“Quem diria que as manchas vivem e ajudam a viver?
Tinta, sangue, cheiro.
Não sei que tinta usar
Qual delas gostaria de deixar desse modo o seu vestígio.
Respeito-lhes a vontade e farei tudo o que puder para
escapar do meu próprio mundo”
(Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, 1907 - 1954)
(Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, 1907 - 1954)